No Evangelho de Marcos 16:15-16 Jesus disse: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura, quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”
Ao falar Jesus estas palavras: “quem crer e for batizado será salvo”, nasce então uma questão um tanto importante para cada ser humano. Como deve ser realizado este Batismo para que ele seja correto perante Deus e sua Palavra? Na verdade, mediante a grande quantidade de doutrinas com as quais nos deparamos hoje em dia, seria muito difícil discernir quais as denominações que estão realizando um batismo corretamente, e quais não. Porém, existe uma maneira (e na verdade, a única maneira) de conseguirmos distinguir um batismo correto de um falso. A Bíblia. É a única maneira de sabermos qual a forma certa de batizar. Assim sendo, procuraremos retratar dentro das Escrituras Sagradas o único batismo Bíblico.
A ORDEM
No Evangelho de Mateus 28:19 o Senhor Jesus de uma ordem:
“Portanto ide e ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
O primeiro ponto sobre o qual devemos meditar, é na ordem de “ensinar as nações, batizando-as”, pois aqui se vê claramente que jamais poderemos batizar alguém sem antes lhe ensinar o Evangelho.
Assim sendo, fica totalmente fora de cogitação o batismo de crianças, pois nem mesmo uma criança super-dotada poderia receber e entender a pregação do Evangelho para em seguida, totalmente consciente ser batizada. Não podemos também, seguir a linha de pensamento do “batizar para depois ensinar”, pois seria executar exatamente o contrário à ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo que ordenou “ensinar para batizar”. Quando analisamos a lógica bíblica do significado do batismo, podemos entender claramente o por que de não se batizar crianças. Vejamos Marcos 1:4:
Marcos 1:4
“Apareceu João batizando no deserto e pregando um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados”
Note que o batismo serve exatamente como sinal de arrependimento, e conseqüentemente para o perdão dos pecados daquele que é batizado, e não haveria dentro de uma lógica plausível a menor possibilidade de uma criança se arrepender, não só por não compreender a diferença entre o certo e o errado, como por não ter pecados. O Senhor Jesus falou para os seus discípulos que “dos tais” (das crianças), é o Reino dos Céus:
Mateus 19:14
“Jesus, porém, disse: deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; por que dos tais é o reino dos Céus”.
Garantindo e afirmando assim a salvação das crianças. O batismo de crianças fora instituído pela igreja Romana no final do terceiro século, sendo em seguida confirmado no concílio de Cartago, mais precisamente no ano 418 d.c.:
Concílio de Cartago (ano 418 d.c.)
“A igreja condena a posição daqueles que negam que se devam batizar as crianças recém-nascidas do seio materno”
Note que não somente a igreja dogmatizou esta doutrina, como também condena os que não aceitarem este ensinamento. Agora veja o cânon da igreja Católica que declara sua profissão de fé neste sentido:
Cânon 2, DS, 223
“Também os mais pequeninos que não tenham ainda podido cometer pessoalmente algum pecado, são verdadeiramente batizados para a remissão dos pecados, a fim de que, mediante a regeneração, seja purificado aquilo que eles têm de nascença”.
Observe que eles mesmos citam que as crianças não puderam cometer pessoalmente algum pecado. E na verdade podemos dizer, que, dentro da doutrina do pecado original, o que passou à todos os seres humanos não fora o pecado em si, como transgressão, mas o peca do como natureza pecaminosa, pois o pecado não é herdado em sim praticado. Ninguém pode pagar pelos erros dos outros, nem os filhos pagam pelos erros dos pais e nem os pais pelos erros dos filhos:
Ezequiel 18:20
“A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho: a justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele”
Na verdade, a Lei prescrevia que os filhos pagariam pela maldade dos pais:
Êxodo 20:5 e 6
“Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”.
Porém se analisarmos a razão pela qual Deus falou desta maneira, vamos perceber que nem mesmo na Lei Deus estava fazendo com que alguém pagasse pelo erro que não cometeu. Quando Deus afirmou que visita a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que lhe aborrecem, é que na verdade, vivendo o pai no pecado, certamente seus filhos seguiriam seu exemplo vivendo em pecado e assim recebendo a mesma recompensa dos pais, o galardão da iniqüidade, mas também aos que o amam e guardam os seus mandamentos, ele prometeu a bênção a milhares de gerações. Assim sendo, quando os pais obedecem a Deus e seus filhos seguem o exemplo acontece o mesmo que com Israel:
Ezequiel 18:2 a 4
“Que tendes vós, vós que acerca da terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram? Tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, jamais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá ”
O termo pecado origina-se do grego “hamartia”que significa: ato pecaminoso, pecaminosidade (estado, condição). Veja que não poderíamos usar como desculpa para batizar crianças a doutrina do peca do original, pois a mesma, mostra que o pecado passou a todos os homens como natureza pecaminosa e não como transgressão praticada:
Romanos 5:12
“Pelo que como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”
Sendo observado o trecho acima, vê-se que claramente o erro entrou no mundo através de Adão, e por causa disso a natureza pecaminosa passou a habitar em cada descendente seu, e a prova disso é que não somente Adão e sua esposa morreram, mas toda a humanidade passou a ser mortal, como eles. E quando as pessoas crescem, e passam a compreender o certo e o errado, todos pecam.
O batismo não poderia servir para apagar os pecados de uma criança, pois o mesmo ainda não fora praticado, e jamais poderia servir para apagar a natureza pecaminosa, pois se após o batismo a pecaminosidade do homem (hamartia) fosse apagada, o homem não mais pecaria após o seu batismo, e sabemos que não é isso que acontece, pois mesmo após sermos batizados continuamos a pecar:
1º João 1:8
“Se dissermos que não temos pecados enganamo-nos a nós mesmos e não há verdade em nós”
Para concluir podemos afirmar que enquanto somos crianças, ainda não se manifestou em nós a transgressão, pois quando pequenos estamos dentro de um período de ignorância (falta de conhecimento) por causa da nossa inocência, e por isso todas as crianças são salvas, como disse Jesus: “Delas é o Reino dos Céus”, sem nos preocuparmos com limbo, que fora cria do pela igreja Católica para assustar os pais que não quisessem batizar seus filhos ainda bebês. Atos 17:30. A igreja católica ensina que as crianças que morrerem sem ser batizadas irão para o limbo, um lugar que apesar de não proporcionar nenhum sofrimento aos que ali se encontrarem, é, porém um ligar desprovido da alegria e da presença de Deus, doutrina essa que não se encontra nenhum versículo em toda a Bíblia para ser embasada. Portanto, o melhor exemplo de batismo a ser citado, seria o do próprio Cristo, que sendo batizado adulto nos deu o exemplo, o qual foi seguido pela igreja primitiva não encontrando nós nenhum batismo de crianças na Palavra de Deus.
Comunidade Cristã Assembleia dos Justos
Av. Pedro Moreno Gondim, nº 6550**83 96050081